ALECRIM
Nome científico: Rosmarinus officinalis L.
Nomes populares: alecrim-de-jardim, alecrim-rosmarino, alecrim-de-casa, alecrim-de-cheiro, alecrim-de-horta, libanotis e rosmarino.
indicações: estimulante digestivo e para falta de apetite (inapetência), azia, problemas respiratórios, debilidade cardíaca, cansaço físico e mental, hemorróidas, antiespasmódico e cicatrizante.
Parte usada: folhas
- Xarope – para ½ litro de xarope adicionar o suco de 4 xícaras (cafezinho) de folhas. Tomar 1 colher (sopa) a cada 3 horas (para problemas respiratórios).
- Infusão – 1 xícara (cafezinho) de folhas secas em ½ litro e água. Tomar 1 xícara (chá) a cada 6 horas (para falta de apetite, cólica, cansaço físico e mental).
- Tintura – 10 xícaras (cafezinho) de folhas secas em ½ litro de álcool de cereais ou aguardente. Tomar 1 colher (chá) 3 vezes ao dia em um pouco de água (para a maioria das indicações)
- Tintura – 50g de folhas secas em 1 litro de álcool, deixar 5 dias em maceração, coar e guardar em vidro escuro. Tomar 40 gotas diluídas em um copo de água, por dia, durante 10 a 15 (para hemorróidas).
- Pó – as folhas reduzidas a pó tem bom efeito cicatrizante.
Outros usos: erva codimentar, as folhas, frutos e flores triturados formam uma excelente mistura para uso como tempero de carnes e massas. Utilizado também em incensos. Usam-se ainda ramos em armários para afugentar insetos. Empregado na indústria cosmética e de perfumaria.
Toxicologia: Não indica o seu uso interno pra gestantes, prostáticos e pessoas com diarréia.
Cultivo: sua propagação é feita por meio de estaquia ou por sementes.
BABOSA
Nome científico: Aloe vera L.
Nomes populares: erva-babosa e caraguatá.
Indicações: o suco das folhas é emoliente e resolutivo, quando usado topicamente sobre inflamações, queimaduras, eczemas, erisipelas, queda de cabelo, etc. A polpa é antioftálmica, vulnerária e vermífuga. A folha, despida de cutícula, é um supositório calmante nas retites hemorroidais. É ainda utilizada externamente nos casos de entorses, contusões e dores reumáticas.
Parte usada: folhas, polpa e seiva.
- suco – uso interno do suco fresco como anti-helmíntico.
- Cataplasma – aplicar sobre queimaduras 3 vezes ao dia.
- Supositório – em retites hemorroidais.
- Resina – é a mucilagem após a secagem. Prepara-se deixando as folhas penduradas com a base cortada para baixo por 1 ou 2 dias. Esse sumo é seco ao fogo ou ao sol, e quando quebradiço, pode ser transformado em pó. Tomar 0,1 a 0,2 g do pó dissolvido em água com açúcar, como laxante.
- Tintura – usam-se 50g de folhas descascadas, trituradas com 250 ml de álcool e 250 ml de água, a tintura é coada em seguida. Deve ser utilizada sob a forma de compressas e massagens nas contusões, entorses e dores reumáticas.
- Tintura – utilizam-se 2,5g da resina em 100ml de álcool a 70◦ GL. Deixa-se em recipiente fechado, em local quente, durante 7 dias, findos os quais filtra-se e completa-se o volume restante para 1 litro. Usam-se 5 a 10 gotas como estomacal e 20 a 40 gotas como laxativo, dissolvidas em 1/2 xícara de água com açúcar.
Outros usos: a polpa macerada com açúcar ou mel é usada na alimentação de certos povos asiáticos. As fibras prestam-se para fabricação de cordoalhas, esteiras e tecidos grosseiros.
Toxicologia: não deve ser ingerida por mulheres durante a menstruação ou gravidez. Também deve ser evitado o seu uso interno nos estados hemorroidários. Não usar internamente em crianças.
Cultivo: Planta de ambiente seco. Propaga-se por mudas (filhotes) plantadas direto no campo, no espaçamento de 50x100cm. A colheita dá-se o ano todo, mas só são colhidas as folhas bem desenvolvidas.
BOLDO
Nome científico: Vernonia condensata Beker.
Nomes populares: alumã, aloma, árvore-de-pinguço,cidreirada-mata, boldo-japonês, figatil, heparém, bolda-de-góias
Indicações: analgésico, aperiente, colagogo, colerético , desintoxicante do fígado, diurético e antidiarréico. Usado popularmente para ressaca alcoólica.
Parte usada: folhas.
- Infusão – 5 folhas por litro de água. Tomar pela manhã (para o fígado) ou após as refeições (contra diarréia).
- Tintura – (aperiente) colocar 1 colher de folhas picadas para 1 xícara de álcool neutro 70◦ GL, deixar macerar por 3 dias. Tomar 1 colher (chá) da tintura dissolvida em água antes das refeições.
- Maceração – 5 folhas em 1 copo de água. Tomar 2 a 3 vezes ao dia (ressaca alcoólica), recomenda-se tomar antes e após a ingestão de bebidas alcoólicas.
Outros usos: Planta melífera e pode ser usada na construção de cercas vivas.
Toxicologia: Não se aconselha o uso prolongado da planta.
Cultivo: propagada por estacas ou por sementes em sementeiras. As estacas podem ser colocadas para enraizar diretamente na terra. O plantio deve ser feito na época das chuvas em solos preferencilamente bem drenados, no espaçamento 1,0 x 0,5m. A colheita é feita quando já houver boa disponibilidade de folhas. Recomenda-se eliminar as inflorescências para maior produção de folhas.
GENGIBRE
Nome científico: Zingiber officinale Roscoe.
Nomes populares: gengivre, gingibre, mangarataia e mangaratiá.
Indicações: estimulante gastrintestinal, aperiente, combate os gases intestinais (carminativo), vômitos e rouquidão. É tônico e expectorante. Externamente é revulsivo, utilizado em traumatismos e reumatismos.
Parte usada: rizoma (“raiz”).
- pulverizar o rizoma e ingerir contra vômitos.
- Decocção – preparar com 1 colher (chá) de raiz triturada em 1 xícara (chá) de água. Tomar 4 xícaras (chá) ao dia.
- Cataplasma – bem moído ou ralado, amassado num pano e deixar no local (para reumatismos e traumatismos na coluna vertebral e articulações).
- Rizoma fresco – mascar um pedaço (rouquidão).
- Tintura – 100 g do rizoma moído em 0,5 litro de álcool, fazer fricções para reumatismos.
- Xarope – pode ser ralado e adicionado a xaropes, juntamente com outras plantas.
Outros usos: como condimento e na fabricação de conhaque.
Toxicologia: o uso externo deve ser acompanhado para evitar possíveis queimaduras.
Cultivo: propagado a partir dos gomos dos rizomas plantados inicialmente em canteiros, devendo ser transplantado para local ensolarado. Pode também ser plantado no local definitivo. A colheita é feita depois de 6 a 10 meses, deixando os rizomas secarem por 5 a 6 dias.
HORTELÃ
Nome científico: Mentha x villosa L.
Nomes populares: hortelã-pimenta, hortelã-chinesa, hortelã-comum, hortelã-das-hortas, hortelã-de-tempero, hortelã-rasteira, mentrasto e poejo.
Indicações: planta digestiva, estimulante e tônica em geral. É carminativa, antiespasmódica, estomáquica, expectorante, antisséptica, colerética, colagoga e vermífuga.
Parte usada: folhas frescas ou secas
- Infusão – 5 ou 10 g de folhas picadas, secas ou frescas, respectivamente, em 1 litro de água. Tomar 1 xícara (chá) 3 vezes ao dia (uso interno, exceto como vermífugo).
- Folhas frescas – ingerir 10 a 16 folhas por dia, em 3 doses às refeições, por 5 a 10 dias (vermífugo).
- Pó – Triturar folhas secas e peneirar, misturar 1 colher (café) do pó com mel. Tomar 3 vezes ao dia, durante 7 dias. Para crianças usa-se a metade da dose (vermífugo).
- Vermífugo com alho – amassar 3 a 4 folhas frescas e um dente de alho, colocar numa xícara, acrescentar água fervente, tampar e deixar esfriar, coar e servir a uma criança 1 vez por dia, ½ hora antes do café da manhã, durante 5 dias.
Outros usos: na alimentação como condimento. Industrialmente extrai-se uma essência, geralmente empregada na perfumaria e na fabricação de bebidas e doces.
Toxicologia: pode causar insônia se tomado antes de dormir, ou em uso prolongado.
Cultivo: propaga-se por divisão de rizomas com cerca de 10 cm de comprimento, cada pedaço. As mudas assim obtidas são plantadas no espaçamento de 0,6x0,3 ou 0,25x0,3 m, no local definitivo ou em sementeira. Deve-se fazer adubação orgânica nos canteiros com 3 a 5 Kg/m de esterco de curral curtido ou composto orgânico. A partir de 2-3 meses após o plantio, quando 2/3 das plantas estiverem floridas, colhe-se a parte aérea; a colheita não deve se estender por mais de 15 dias. A planta requer luz plena para se desenvolver e pelo menos 12 horas de luz/dia para florescer.